E Para calar a boca: Rícino E6 Pra lavar a roupa: Omo F#/EE Para viagem longa: Jato AAm7 Para difíceis contas: Calculadora E Para o pneu na lona: Jacaré E6 Para a pantalona: Nesga F#/EE Para pular a onda: Litoral AAm7 Para lápis ter ponta: Apontador E Para o Pará e o Amazonas: Látex E6 Para parar na pamplona: Assis F# / EE Para trazer à tona: Homem - Rã AAm7 Para a melhor azeitona: Ibéria E Para o presente da noiva: Marzipã E6 Para Adidas o Conga: Nacional F# / E Para o outono a folha: Exclusão EAAm7 Para embaixo da sombra: Guarda - Sol E Para todas as coisas: Dicionário E6 Para que fiquem prontas: Paciência F# / E Para dormir a fronha: Madrigal EAAm7 Para brincar na gangorra: Dois E Para fazer uma toca: Bobs E Para beber uma coca: Drops E Para ferver uma sopa: Graus EAAm7 Para a luz lá na roça: 220 volts E Para vigias em ronda: Café E6 Para limpar a lousa: Apagador F# / E Para o beijo da moça: Paladar EAAm7 Para uma voz muito rouca: Hortelã E Para a cor roxa: Ataúde E6 Para a galocha: Verlon F# / E Para ser moda: Melancia EAAm7 Para abrir a rosa: Temporada E Para aumentar a vitrola: Sábado E6 Para a cama de mola: Hóspede F# / E Para trancar bem a porta: Cadeado EAAm7 Para que serve a calota: Volkswagen E Para quem não acorda: Balde E6 Para a letra torta: Pauta F# / E Para parecer mais nova: Avon EAAm7 Para os dias de prova: Amnésia E Para estourar a pipoca: Barulho E6 Para quem se afoga: Isopor F#/E Para levar na escola: Condução EAAm7 Para os dias de folga: Namorado E Para o automóvel que capota: Guincho E6 Para fechar uma aposta: Paraninfo F# / E Para quem se comporta: Brinde EAAm7 Para a mulher que aborta: Repouso E Para saber a resposta: Vide - o - Verso E6 Para escolher a compota: Jundiaí F# / E Para a menina que engorda: Hipofagi EAAm7 Para a comida das orcas: Krill E Para o telefone que toca E6 Para a água lá na poça F#/E Para a mesa que vai ser posta EAAm7E Para você o que você gosta: Diariamente
O fiel Hachiko deixou uma lição sobre amizade e bondade num mundo em que os homens muitas vezes esquecem-se de retribuir o afeto dos animais. Em todo dia 8 de abril, centenas de pessoas se reúnem na estação de trem de Shibuya, em Tóquio, para homenagear a lealdade e a devoção de Hachiko a seu dono, Dr. Eisaburo Ueno, um professor da Universidade de Tóquio. Hachiko nasceu em Odate, na província de Akita, em novembro de 1923. No ano seguinte, foi levado para Ueno, que já queria um cão Akita havia muito tempo. O cão foi originalmente chamado de Hachi, mas logo começou a ser chamado pelo diminutivo carinhoso: Hachiko. Dono e cão tornaram-se amigos inseparáveis e, todos os dias, seguiam juntos até a estação de Shibuya, onde Ueno pegava o trem para ir trabalhar. Todo dia, às 15 horas, Hachiko voltava até a estação, sozinho, para esperar seu querido dono e voltarem juntos para casa. Mas em 21 de maio de 1925, Ueno não voltou para casa. O professor havia sofrido um derrame na Universidade e faleceu.
Naquele dia, Hachiko foi esperar por seu dono na estação, como de costume, e lá ficou até a madrugada. Parentes e amigos de Ueno passaram a cuidar do cão, que voltou todos os dias, de manhã e à tarde, para esperar por Ueno. Na estação de trem, Hachiko tornou-se conhecido por todos que ali trabalhavam ou que pegavam o trem. Até que em 8 de março de 1935, aos 11 anos de idade, Hachico morreu. Foi encontrado no mesmo lugar da estação em que por anos havia esperado pelo dono. Hachiko foi taxidermizado e seu corpo empalhado pode ser visto no Museu de Ciência Natural em Tóquio, no Japão. Sua lealdade ao dono tornou-se um marco na região e a história, aos poucos, foi ganhando o mundo. Um ano antes da morte de Hachiko, uma estátua de bronze feita pelo artista Ando Teru foi erguida com honrarias na entrada da estação de Shibuya. Com a Segunda Guerra Mundial, a estátua foi derretida para ser usada em materiais bélicos. A história foi esquecida até que em 1948, uma entidade organizada para recriar a estátua de Hachiko, o símbolo de afeto e lição para os homens, convidou Ando Tekeshi, filho do escultor original, para recriar a obra.
*Esse texto foi tirado do informativo mensal do LCA (Lar dos Cães Abandonados). Eu recebo o informativo mensalmente pois sou um colaborador. Se alguém se interessar e quiser saber mais, clique no link abaixo:
Eu lembro sempre de uma estória que me persegue como se fosse um fantasma... uma alma penada... dizem que quando a gente escreve alguma coisa depois esquece... essa é a intenção... na verdade acho que não devia contar pois não aconteceu hoje, mas não é tão antiga assim... prefiro só dizer que foi "ontem". Se você, sobre quem eu estou falando, ler isso algum dia, já peço perdão antecipadamente. Se arrepender ? Há tempos não me arrependo de nada do que digo ou do que faço. Mas acho que você lerá e nem saberá que é sobre você.
"Andei o dia inteiro preocupado sobre minha ida ao hospital. Ficava com medo do meu chefe pedir prá eu fazer hora extra. Como eu iria justificar prá ele minha negação em ficar até mais tarde no trabalho ?
- É prá ver um bebê que nasceu chefe !
Talvez em algum conto de fadas ele iria responder:
- Claro, claro ! Fique a vontade ! Pode deixar que eu cancelarei o serviço ! A prioridade é a vida ! Vá com Deus !
Nunca ele iria agir daquela forma... naquele mesmo dia, logo cedo, eu lhe disse:
- Bom dia !
- BOM DIA POR QUÊ ???
O fato é que a vida conspirou e não foi necessário ficar até mais tarde. Não via a hora de partir pois estava com o corpo em Guarulhos e a mente em Mogi. Tinha ido de carro prá chegar mais rápido e chegar, também, dentro do horário de visitas. Naquela época possuía meu "Uninho" branco que eu tanto adorava... kkk... Levei quase uma hora prá chegar em casa. Tomei um banho e fui no hospital. Enquanto andava com meu carro pelas ruas da minha cidade pensei em levar algum presente. Não vinha nada em mente. Achei que a visita era o melhor presente. Em frente ao hospital, achei uma vaga e estacionei. Já estava escuro. Logo se "materializou" um flanelinha, que quase me matou de susto. Concordei em que ele olhasse meu carro mais por medo de que ele riscasse o mesmo do que por caridade. Cheguei na recepção e peguei informações. Me identifiquei com a atendente e foi me dado um crachá. Tudo ok, pois estava no dia e no horário certo para visitas. Achei lindo o hospital... bem diferente do que eu havia visto nos hospitais públicos. Gostaria que todos pudessem ser atendidos em hospitais como esse que eu estava. Já acompanhei uma pessoa nos seus últimos dias em um hospital público. É uma realidade bem diferente do que eu vira naqueles corredores onde estava minha amiga. Subi escadas. Cheguei no andar e na ala que eu procurava. Encontrei outra atendente que me esclareceu com um sorriso:
- O quarto é aquele de onde está saindo o choro de bebê... kkk...
Era possível ouvir o choro em todo andar. Eu fiquei preocupado ! Talvez fosse inconveniente visita-la naquele momento. Pensei em ir embora. A enfermeira, já acostumada com reações assim, me disse prá eu ir lá e bater de leve na porta. Lá fui e bati. Nada. Bati de novo. O choro não parava... Entrei por minha conta, abrindo a porta devagar e pedindo licença. Quem ouviria meu singelo "licença" no meio daquela gritaria de choro de criança ? Foi aí que aconteceu o fato... como eu poderia classificar... bizarro talvez... Minha amiga estava deitada na cama. Ela tentava dar de mamar para a criança. O seu marido, aflito, a tentava auxiliar. Eles não haviam me visto entrar. Quando olhei o rosto da criança ela berrava tanto que chegava a ficar com o rostinho vermelho. Nesse instante a criança me olhou e parou e chorar... e... sorriu ! O que eu senti naquele instante eu não sei nem como expressar... desejava ser o pai daquela criança. Senti vontade de chorar mas resisti. Meu amor por ela era acima de qualquer amizade, qualquer interesse e qualquer outra coisa. Ver minha amiga feliz era minha felicidade. Isso é o que importava. A criança havia parado de chorar de forma tão repentina que o casal virou lentamente a cabeça em direção a porta prá ver o que a criança estava olhando e o que supostamente a fez parar de chorar. Eles me viram e disseram ao mesmo tempo:
- TADEU !!!
Sempre acreditei no amor, num amor que a maioria das pessoas ainda não entende, ou não está apta a entender. Então abracei o rapaz com muito carinho e fiz votos que Deus abençoasse muito essa criança. A moça eu só dei um beijo no rosto pois ela estava com os movimentos muito limitados devido a cesariana. Achei incrível aquela cena da criança recém nascida me sorrindo mas parece que eles não repararam nisso... o mais importante eles não notaram. A criança logo voltou a chorar um choro de fome novamente. Ela não conseguia mamar. Foi necessária orientação da enfermeira para que a criança pudesse se alimentar no seio materno. Acabou o horário de visitas. Fui embora. Fui pegar meu carro e dei umas moedas pro flanelinha. Fiquei pensando em todas voltas que a vida dá e em nenhuma volta que a minha vida dava... Fui dormir fazendo minhas preces costumeiras pois sempre acreditei MUITO em Deus. Pensei que devia haver algum motivo prá eu passar por isso. Algum motivo que eu não podia compreender..."
Na verdade eu nem sei se isso aconteceu mesmo ou se foi um sonho...
De qualquer forma, espero que dê certo e eu não pense mais nisso.
- Sabia que o único cachorro que foi atingido por um raio estava bem aqui no Egito ?
- Devia ter te conhecido antes de adoecer... kkk...
- kkk !!! - Sabe... teoricamente... a gente podia riscar dois ítens: ver as pirâmides e vislumbrar alguma coisa grandiosa. Acho que não há nada mais grandioso do que isso...
- Espere até ver a minha montanha !
- Ah, é ! Sua montanha... mas isso... é sensacional !
- Sabia que os antigos egípcios tinham uma bela crença sobre a morte ?
- (...)
- Quando as almas deles chegavam no paraíso, os deuses perguntavam duas coisas... as respostas determinariam se eles entrariam ou não.
- Tá bom... quais eram... as duas perguntas ?
- Encontrou alegria em sua vida ?
- (...)
- Responda a pergunta !
- Eu ?
- É ! - Responder a pergunta... se encontrei alegria na minha vida ? - É ! - ...sim... e a outra pergunta ? - Você proporcionou alegria aos outros ?
Exatamente onde é a entrada principal do Mogi Shopping hoje, estávamos eu e o Durval, em uma época em que nem se imaginava que haveria um Shopping naquele local. Nós brincávamos com nossos estilingues e tentávamos acertar os cachos de mamonas que existiam aos montes ali. Também brincamos um pouco de empilhar latas e as derrubar com pedras arremessadas com o estilingue. Depois começamos a seguir uma trilha de formigas saúva. Eu ficava admirado e fascinado de olhar aqueles insetos cortando e carregando pedaços de folhas que tinham tamanhos incríveis em comparação a eles. As pequenas trilhas de formigas iam convergindo para outras grandes onde havia um enorme fluxo de formigas que iam e vinham. Conseguimos achar o formigueiro no local onde hoje é o posto de gasolina que fica atrás do Shopping. Alí havia uma verdadeira "floresta" de pés de mamona ! Nós estávamos no meio dessa folhagem. Logo a nossa frente havia um grande casarão antigo que, durante muito tempo, esteve abandonado mas que, agora, era ocupado por uma enorme família carente que havia invadido o imóvel. Por entre as folhas de um grande pé de mamona nós podíamos ver as crianças maltrapilhas a brincar com barro e gravetos. O Durval, depois de fazer uma expressão de admiração, apontou com o dedo para uma das crianças e disse em voz baixa:
- Olha a puta ! A puta ! Eu não fazia idéia do que ele estava dizendo pois essa palavra não constava no meu vocabulário até então. Eu não entendia o sentido da palavra "puta". Olhei para a menina prá ver se ela me dava alguma pista. Ela devia ter uns nove ou dez anos como nós... cabelos claríssimos e pele branca como dos alemães e olhos verde claro. Usava um vestidinho surrado e, não fosse maltrapilha e desnutrida como as outras crianças, pareceria uma princezinha... Então eu concluí, em meus pensamentos:
- Ele deve estar querendo dizer que ela é bonita... deve ser isso !
Essa menina eu vim a reencontrar no Camilo, muitos anos depois, mas essa é outra estória... kkk. Cansamos de ficar espionando aquela casa e fomos mais para o meio do terreno pegar um pouco de argila prá brincarmos. Lá havia argila de três cores: branca, rosa e marrom. Levei um pouco prá casa. Amoleci com um pouco de água e, junto do Sandro, fizemos pequenos bonecos com a argila. Deixamos no sol mas quando as "esculturas" secavam elas ficavam quebradiças. A noite meu pai viu e nos disse que ia comprar um produto que daria dureza para a massa. Na próxima segunda feira a tarde ele nos levou no centro de Mogi prá passear e prá comprar o produto na única loja de artesanato que existia naquele tempo. O homem da loja nos ensinou a dosagem certa do produto que iria ser misturado na argila e água prá formar uma massa uniforme. Meu pai também comprou um frasquinho de tinta prá pintar nossas obras. Cada um de nós fez uma estátua mas meu pai fez um elefante verdadeiramente admirável ! No sol ele secou rapidamente e logo foi pintado. Foi colocado em cima da nossa velha e enorme TV em preto e branco, em cima de um paninho que havia sido bordado pela minha mãe. Eu adorava ver aquele elefante de argila em cima da TV... por muito tempo eu ligava a televisão mas assistia o elefante de barro... kkk... A noite o André passou em casa:
- Vou fazer um bailinho na sexta a noite ! Você vem ?
- Você vai convidar a Artemis ?
- Claro que sim ! Leve seus discos, tá ?
- Tá bem !!!
Naquela semana, durante todas as noites, nós brincamos muito de "Gim"(lê-se djim, como na palavra adjetivo). Prá quem não sabe é assim: divide-se a patota em dois grupos. Cada grupo fica encarregado de proteger um poste escolhido, que nós chamávamos de "Gim". Enquanto estávamos com uma das mãos no Gim, ficávamos protegidos mas quando nos afastávamos do poste,
poderíamos ser capturados pelo grupo rival e "presos" no Gim do inimigo. Sempre quem deixava o Gim por último é que tinha o poder de capturar quem tinha saído antes. Aqueles que estavam capturados no Gim do inimigo poderiam dar as mãos para ficar mais fácil o resgate pelos amigos que não haviam sido pegos. Ganhava o grupo que capturava todos outros. (...)
O tempo passou rápido e logo chegou o dia do bailinho. Na sala da casa do André, no começo da noite, se encontrava um grupo de umas doze ou treze crianças; meninos e meninas. O meu disco de "Hit Parade" fazia o maior sucesso ! Só rolava música romântica e as meninas estavam adorando. Quando estava tocando "Nikka Costa", eu pedi prá dançar com a Artemis. Ela era alta, cabelos compridos e da cor de mel e era, também, descendente de gregos. Nós começamos a dançar juntinhos e eu já podia sentir o perfume que evolava de seus lindos cabelos. Eu estava no céu, até que senti que alguém me cutucou o ombro: era o André... e me entregou a vassoura ! Eu fiquei irritado mas disfarcei, já que nosso bailinho era o "bailinho da vassoura"... kkk...
Quando acabou a musica, a mãe do André acendeu a luz e nos ofereceu refresco gelado. Era o sinal que estava tarde e que a festa havia acabado. No sábado combinamos de ir pegar peixinhos em um pequeno riacho que existia atras de onde hoje é o
"Abomoras", mais para o lado da Av. Eng. Miguel Gemma. Fomos com nossas latas, frascos e peneiras de bambú. O riacho era raso e a água cristalina. Na minha peneira vinha de tudo, desde pequenos e coloridíssimos "lebistes" até minúsculos camarões de água doce. Eu gostava muito quando na minha peneira apareciam uns peixes que pareciam umas cobrinhas pois eram incomuns e disputados. A princípio eu colocava os peixes em frascos de maionese mas, um dia, meu pai me comprou um pequeno aquário onde coloquei os peixes e os camarões. As pedras e as plantinhas eu pegava no próprio riacho.
Assim eram as nossas brincadeiras e nossos brinquedos...
" - A gente só conhece bem as coisas que cativou (disse a raposa). Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm amigos. - Se tu queres um amigo, cativa-me."
Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em Junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. A sua fotografia foi publicada na capa da National Geographic em Junho de 1985 e, devido ao seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. Sharbat Gula nunca teve idéia do impacto causado pela sua foto nas sociedades ocidentais.
SONHO - "Estava com meus pais em uma casa que eu sabia que era nossa, mas era diferente e localizava-se em outro lugar. Parecia que tudo estava um caos na rua. Pessoas corriam. Outras invadiam a casa e passavam correndo. Nós tentávamos pregar madeiras nas portas para evitar a invasão de pessoas ou animais mas... tudo em vão. O clima era de desespero. Decidimos fugir de casa como se "algo" estivesse para acontecer. Saimos agachados e na rua tudo era loucura... tudo estava... como posso dizer... "avermelhado"... Nos escondemos atrás de uma rocha enorme e arredondada. Reparei que algumas estrelas cadentes apareceram no céu. Eram muitas e fiquei deslumbrado com a beleza da cena. Três estrelas começaram a vir na nossa direção e isso me alegrou. As achei muito bonitas ! O estranho é que elas aproximavam-se mas continuavam pequeninas, como três diminutos pontos brilhantes. Quando elas chegaram bem perto, abrí a mão direita convicto de que iria pegá-las. No instante que tocaram minha mão, elas a atravessaram e fizeram três pequenas feridas. Lembro-me que até senti queimar nos três pontos onde as estrelinhas passaram. Fechei a mão convulsivamente em direção ao peito, protejendo-a com a outra mão e agachei perto dos meus pais, atrás da rocha. Eles tinham feito o gesto de que iam levantar mas eu disse para abaixarem pois tive medo que outras estrelas pudessesm os queimar também."
A primeira coisa que fiz quando acordei foi olhar para a palma da mão direita... =)
que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
.......Não me sinto criança; .......não me sinto adulto; .......não me sinto velho.
............Sinto que só tive começo... ............É o que eu vejo ............quando olho no espelho.
QUANDO...
Quando chegar minha hora no dia que chegar o dia de toda minha vida passar diante dos meus olhos haverá o antes e haverá o depois de eu te conhecer.
No antes verei imagens de minha vida...
No depois só existirá seu rosto... seu carinho... seu amor...
RELÓGIOS
Inventaram o relógio não com o objetivo de criar uma nova forma de tortura mas ele faz o tempo se arrastar, quase sempre. Este mesmo relógio faz, as vezes, vinte e quatro horas passarem num piscar de olhos.
Um provérbio diz "o que é bom dura pouco" o que leva a crer que nós fazemos poucas coisas que realmente gostamos. Eu sempre quis ter o dia e a noite e, apesar de eu ter jogado meu relógio fora, vejo-os por toda parte e todos me perguntam "-Que horas são ?"
*imagens: Marco Antonio, Escher, Gaiman, Dali e Mad. *textos: 1 e 2 - agosto/2009 ; 3 - julho/1990.
“- Diga-nos... Por que nós o deixaríamos ir ? Com ou sem elmo, você não tem nenhum poder aqui... Que força tem os sonhos no inferno? ” “- Você diz que não tenho poder? Talvez tenha razão... Mas dizer que os SONHOS não têm nenhum poder aqui? Você Lúcifer... Diga-me... E todos vocês... Perguntem-se... Que poder teria o INFERNO, se os prisioneiros daqui não fossem capazes de sonhar com o Céu? ”
Estávamos quase nas férias de julho. Eu fazia Eletrotécnica e a Nani fazia Edificações. Eu estava tranqüilo sob esse aspecto mas ela estava muito preocupada pois havia uma grande possibilidade dela ficar de recuperação. Eu só ia na escola prá responder a chamada mas já havia fechado em todas matérias... mas uma coisa me preocupava. É que eu percebi que estava começando a gostar da Nani... antes era um sentimento tão pequenino que parecia como um minúsculo broto que iniciara a saída da semente, quase de maneira imperceptível. Depois, quando notei que esse sentimento crescera, comecei a rejeitar isso com todas as forças pois não queria trair a confiança de minha estimada amiga... mas ela não ajudava ! Vivia me procurando prá conversar, prá levá-la até o ponto e constantemente escrevia-me cartas e poesias. Isso me deixava muito confuso ! Uma noite estávamos entrando na escola e ela me disse, aflita, que esquecera na sua própria casa o trabalho que havia feito... o trabalho que supostamente a deixaria fora da recuperação. Nesse instante me passou pela cabeça uma idéia de como saber se ela gostava de mim mesmo... é melhor errar tentando do que não errar e não tentar... kkk...
- Eu posso te ajudar Nani !
- Pode ???
- Sim... mas vai ter um preço... kkk...
- O que você tá pensando ?
- Eu posso ir em casa e em duas horas voltarei com o trabalho !
- Ah, e quanto isso vai me custar ? kkk...
- Um beijo seu !
- Ah, seu pilantra ! kkk...
- Aceita ?
- Fechado !
O trabalho era moleza ! O professor deu "sopa" prá ela e pediu esse trabalho só prá ter um motivo para não deixá-la de recuperação. Era um pequeno estudo sobre os deuses da Grécia. Dei meia volta e fui prá casa. Pesquisei nos meus livros e achei um texto resumido. Datilografei tão rápido como nunca havia datilografado antes... kkk... Terminei o texto e deixei alguns espaços prá colar as figuras. Voltei prá escola com o livro. Lá tirei xerox das imagens dos deuses, recortei e colei. No horário do intervalo o trabalho estava pronto. A Nani viu e ficou emocionada... ela não acreditava que eu tinha sido capaz de fazer tudo aquilo tão rápido ! Ela tentou pegar o trabalho de minha mão.
- Negativo. E o combinado ?
- Ok !
Ela me deu um beijo rápido e, ao mesmo tempo, tirou o trabalho da minha mão. Saiu correndo... - EI ! ISSO NÃO É BEIJO ! QUERO MEU BEIJO DE VERDADE ! VOLTA AQUI SUA SACANA !
Corri atras dela mas era tarde... ela fugiu de mim rindo muito e entrou em sua classe. Depois notei que um fio de cabelo castanho havia ficado preso em meus óculos. Esse fio de cabelo eu guardei por muitos anos...
Na semana seguinte já estávamos de férias. Eu estava em casa no fim da tarde de sábado tomando meu café.
- Oi Nani !!! Porque você não avisou que viria aqui hoje ?
- Surpresa !
- E se eu não tivesse em casa ?
- Sem problemas... eu conversaria com sua mãe !
Ela entrou e me disse que queria passear pela cidade. Ela dizia que o Itaim não era tão bonito quanto Mogi... Tomei um banho, me troquei e fomos passear pela cidade. Conversamos muito. Eu ficava admirado como ela lembrava tão bem das estórias que ela ouvia na "Jovem Pan" no "Café com Bobagem". E quanta bobagem... mas eu achava muito engraçado... kkk... Começamos a sentir fome. Paramos prá comer um cachorro quente. Fomos comer na praça João Pessoa, em frente ao Hotel Blinder. Já escurecera. Agora já estávamos na praça João Antonio, em frente ao INSS. Sentamos num daqueles bancos que não tem encosto, um de frente para o outro.
- Já tá ficando tarde Nani. É melhor você ir. Sua mãe pode estar preocupada !
- Leia isso:
Ela me entregou uma folha manuscrita com sua caligrafia característica:
.............................................Cadê a resposta ?
................O tempo está sem tempo ! ..........Nem o tempo sabe me responder. ................O futuro é hoje, o tempo passou, ..........e eu não tive a resposta. ................O tempo está confuso, ele não sabe de mim, ..........não sabe dele. ................Verão no outono e vice versa ! ................Ninguém diz o que queremos ouvir ................no momento que queremos ouvir, ..........mas há quem diga o que nunca ................imaginei ouvir !
Fiquei sem jeito. Era uma poesia complicada. Eu precisava ler mais algumas vezes prá entender o sentido. Ela me perguntou se eu tinha algo prá ela:
- Eu tenh... ou melhor, não tenho...
- Você não sabe mentir. O que você tem aí ?
- Ai amiga, é a coisa mais cafona que já escreví ! kkk... Não quero que você veja ! Ainda está no rascunho... eu esqueci no bolso da calça ontem... - Agora é tarde... quero ver !
- Está certo... mas é você que vai ler, tá ?
- Tudo bem... kkk...
Então eu entreguei uma folha amassada e dobrada quatro vezes, com letras escritas a lápis:
........"Três Sílabas"
........Existe palavra mais bonita que "namorar" ? ........O timbre é dos mais lindos ........e a confecção gramatical é perfeita.
........Um mar de promessas ........e um universo de esperanças ........estão ali nas entrelinhas...
........Que palavra pode ser mais bonita ? ........Ela me lembra o doce calor de mãos delicadas, ........o brilho confortador de um olhar, ........o aconchego seguro de um abraço, ........a ternura em gestos e atitudes ........e o mergulho nas águas cálidas ........da amizade incondicional.
........São apenas três sílabas que, ........montadas ou vistas sob outros ângulos, ........geram outras palavras como: cafuné, sorvete, ........pipoca, cinema... alegria !!!
........Ainda assim eu ouso indagar: ........existe palavra mais linda que "namorar" ?
........Sim é a resposta ........pois a palavra mais bonita que "namorar" ........é a palavra "sim" !
Eu fiquei perplexo com a expressão facial dela, enquanto lia. Fiquei esperando as gargalhadas costumeiras, mas ela estava demonstrando muita emoção no rosto. Terminou a leitura e me disse: - Feche os olhos !
- Ok !
Ela me deu um beijo (um de verdade, não igual ao dia do "trabalho") e me disse:
-Quer namorar comigo ?
- Claro que sim ! Será uma grande honra prá mim namorar com você ! kkk...
E assim, pisamos naquela praça como amigos e saímos de lá como namorados... foi um dia muito marcante !
O tempo passou... ela conheceu uma idelologia religiosa diferente da que eu professava... ela começou a me dizer que o Deus verdadeiro estava entre as paredes frias do templo em que ela freqüentava... ela me disse que a minha religião era uma abominação e rompeu comigo. Ela sabia que eu não ia abandonar a minha crença tão facilmente. Nunca mais quis falar comigo. O que eu senti nessa época eu prefiro cobrir com o véu do esquecimento. Mas, enfim... me conformei em aceitar a vontade Superior e a dizer prá mim mesmo:
.............dentro de sua mente .............que pulsa e brilha maravilhosamente .............e, apesar de ainda não entender, .............sei que tenho que trabalhar
.............para conquistar esse senso.
.............Eu tenho algo .............no interior do meu coração
.............que é como se fosse .............uma jóia etérica e inestimável .............que você não compreende .............mas interiormente você sabe
.............que um de seus desafios .............é trabalhar para adquirir esse sentido.
.............Amiga querida: .............Já passamos pelas cortes Egípcias, .............participamos das intrigas Romanas,
.............tivemos momentos de paz junto aos Essênios, .............sofremos juntos nas masmorras de Constantino, .............morremos lado a lado fugindo da Cidade Proibida, .............caímos de joelhos diante do Mestre, .............verdadeira encarnação do Amor... ................hoje estamos aqui,
.............num mundo inconcebível há milênios atrás !
ALMA PERAMBULANTE SEDE DE AFETO VENTANIA DE AREIA DESEJO QUE SE INCENDEIA SEM RUMO CERTO NOITE DE TORPOR MEDO ATERRADOR NASCIMENTO DA FLÔR FLÔR DO IMPOSSÍVEL CALOR INVISÍVEL PRISÃO SEM GRADES GRANDES PROVAÇÕES VITÓRIAS E DESILUSÕES NO PODER DE SE CONQUISTAR APRENDENDO A SE CURAR SE TUDO VALEU O AMOR VENCEU..."
............."Há muitas eternidades, .............quando luz e matéria eram uma coisa só, .............o Engenheiro Maior .............saiu pelo infinito jardim do cosmos .............embelezando a sua obra de perfeição.
.............Com seu pincel imaterial .............salpicou o éter com galáxias e constelações, .............colocou lindos anéis em Saturno; .............com cores astrais .............transformou Júpiter num gigante .............sob todos os aspectos .............e coloriu a Terra com o mais fascinante azul.
.............Depois, pegou a graça das andorinhas, .............a delicadeza das borboletas, .............o perfume das flores .............e outros ingredientes misteriosos .............criando, assim, a mulher, .............obra prima de suas criações.
.............Tirou pequenas frações, pitadas mesmo, .............da essência amorosa e emotiva da mulher, .............juntou com energias primárias .............vindas do seio da Terra .............e criou o homem .............para que esse também colaborasse, .............junto com a mulher, .............na obra de evolução e beleza .............que é a vida !"
*imagem do blog de Juliana Scheid - desenhos e ilustrações
“Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém notar, não fique triste. O Sol toda manhã faz um lindo espetáculo e, no entanto, a maioria da platéia ainda dorme...”
“Pólos que se atraem Promessas que se cumprem Sucessão de afinidades Harmonia nas diversidades Caminhos que convergem Pigmentos que combinam Órbitas que se cruzam Amizades emergentes Signos compatíveis Ascendentes presumíveis Sons que se casam Magnetismo entre seres Fragrâncias e cores Amizades e amores Tudo é regido Pela lei das afinidades Desde a atração dos átomos Até a translação dos orbes”.
Inocência
"Pego em sua mão e sinto calidez... delicadeza, levo-a aos meus lábios. Sou o príncipe e você é a princesa, estou curvado diante de você. Já não somos mais tão puros, você não é e eu não sou... ...mas podemos ser ! Eu SOU e você É... ...somos crianças novamente...
Seu beijo tem gosto de algodão-doce e meu olhar tem o brilho de bolinha-de-gude. Somos puros novamente como a flor de branco imaculado que nasceu dos detritos do charco.
Então... corramos atrás do tempo perdido... das desilusões... das decepções... e de tudo que é simples e nós tornamos complicado...
Vamos sorrir e ser felizes, abraçar a vida com todas as forças, elevar os braços aos céus e agradecer por todas as dádivas e, também, pelo nosso renascimento... ...pela nossa nova e aprimorada... inocência !"
“Subi aos mais altos picos para lhe trazer o mais perfeito cristal de neve mas ele derreteu e se desfez.
Busquei os mais lindos versos na maior das maiores bibliotecas mas um incêndio consumiu tudo e todos vocábulos viraram cinzas.
Quis te presentear com o vestido da mais linda seda confeccionado com tecido imaculado mas as traças e o tempo tudo destruíram.
Forjei com o mais puro ouro um anel incrustado de brilhantes e coloquei numa caixinha aveludada para te entregar e ver o brilho nos seus olhos... mas veio a cobiça e o aniquilou.
Então hoje quero lhe oferecer algo que o calor não derrete, que o fogo não consome, que as traças não roem e que a cobiça não devasta:
Um abraço fraterno e uma jura de Amizade Eterna !
Isso, com certeza, nenhuma força no mundo jamais destruirá !!!”
"Do meu acervo de sorrisos separei o melhor dentre todos prá te oferecer.
De todas minhas recordações, próximas ou distantes, selecionei as mais lindas e encantadoras só prá ver seus olhos brilharem pela satisfação de me ouvir.
Das estrelas incógnitas e remotas, que iluminam a abóbada celeste, escolhi a de brilho mais fascinante e a batizei com seu belo nome...
...e esse buquê que lhe ofereço, com flores e cores desconhecidas, é prova palpável e material do sentimento que possuo de sempre querer te oferecer tudo que há de melhor em mim pois você é merecedora de amor e amizade...