sábado, 28 de novembro de 2009

Provérbio Indigena



Só depois

que a última árvore for derrubada ,

o último peixe for morto ,

a última gota d'agua for desperdiçada ,

o último rio for envenenado ,

é que vocês irão perceber

que dinheiro não se come."

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Talvez nem tenha Acontecido...


Eu lembro sempre de uma estória que me persegue como se fosse um fantasma... uma alma penada... dizem que quando a gente escreve alguma coisa depois esquece... essa é a intenção... na verdade acho que não devia contar pois não aconteceu hoje, mas não é tão antiga assim... prefiro só dizer que foi "ontem". Se você, sobre quem eu estou falando, ler isso algum dia, já peço perdão antecipadamente. Se arrepender ? Há tempos não me arrependo de nada do que digo ou do que faço. Mas acho que você lerá e nem saberá que é sobre você.

"Andei o dia inteiro preocupado sobre minha ida ao hospital. Ficava com medo do meu chefe pedir prá eu fazer hora extra. Como eu iria justificar prá ele minha negação em ficar até mais tarde no trabalho ?

- É prá ver um bebê que nasceu chefe !

Talvez em algum conto de fadas ele iria responder:

- Claro, claro ! Fique a vontade ! Pode deixar que eu cancelarei o serviço ! A prioridade é a vida ! Vá com Deus !

Nunca ele iria agir daquela forma... naquele mesmo dia, logo cedo, eu lhe disse:

- Bom dia !

- BOM DIA POR QUÊ ???

O fato é que a vida conspirou e não foi necessário ficar até mais tarde. Não via a hora de partir pois estava com o corpo em Guarulhos e a mente em Mogi. Tinha ido de carro prá chegar mais rápido e chegar, também, dentro do horário de visitas. Naquela época possuía meu "Uninho" branco que eu tanto adorava... kkk... Levei quase uma hora prá chegar em casa. Tomei um banho e fui no hospital. Enquanto andava com meu carro pelas ruas da minha cidade pensei em levar algum presente. Não vinha nada em mente. Achei que a visita era o melhor presente. Em frente ao hospital, achei uma vaga e estacionei. Já estava escuro. Logo se "materializou" um flanelinha, que quase me matou de susto. Concordei em que ele olhasse meu carro mais por medo de que ele riscasse o mesmo do que por caridade. Cheguei na recepção e peguei informações. Me identifiquei com a atendente e foi me dado um crachá. Tudo ok, pois estava no dia e no horário certo para visitas. Achei lindo o hospital... bem diferente do que eu havia visto nos hospitais públicos. Gostaria que todos pudessem ser atendidos em hospitais como esse que eu estava. Já acompanhei uma pessoa nos seus últimos dias em um hospital público. É uma realidade bem diferente do que eu vira naqueles corredores onde estava minha amiga. Subi escadas. Cheguei no andar e na ala que eu procurava. Encontrei outra atendente que me esclareceu com um sorriso:

- O quarto é aquele de onde está saindo o choro de bebê... kkk...

Era possível ouvir o choro em todo andar. Eu fiquei preocupado ! Talvez fosse inconveniente visita-la naquele momento. Pensei em ir embora. A enfermeira, já acostumada com reações assim, me disse prá eu ir lá e bater de leve na porta. Lá fui e bati. Nada. Bati de novo. O choro não parava... Entrei por minha conta, abrindo a porta devagar e pedindo licença. Quem ouviria meu singelo "licença" no meio daquela gritaria de choro de criança ? Foi aí que aconteceu o fato... como eu poderia classificar... bizarro talvez... Minha amiga estava deitada na cama. Ela tentava dar de mamar para a criança. O seu marido, aflito, a tentava auxiliar. Eles não haviam me visto entrar. Quando olhei o rosto da criança ela berrava tanto que chegava a ficar com o rostinho vermelho. Nesse instante a criança me olhou e parou e chorar... e... sorriu ! O que eu senti naquele instante eu não sei nem como expressar... desejava ser o pai daquela criança. Senti vontade de chorar mas resisti. Meu amor por ela era acima de qualquer amizade, qualquer interesse e qualquer outra coisa. Ver minha amiga feliz era minha felicidade. Isso é o que importava. A criança havia parado de chorar de forma tão repentina que o casal virou lentamente a cabeça em direção a porta prá ver o que a criança estava olhando e o que supostamente a fez parar de chorar. Eles me viram e disseram ao mesmo tempo:

- TADEU !!!

Sempre acreditei no amor, num amor que a maioria das pessoas ainda não entende, ou não está apta a entender. Então abracei o rapaz com muito carinho e fiz votos que Deus abençoasse muito essa criança. A moça eu só dei um beijo no rosto pois ela estava com os movimentos muito limitados devido a cesariana. Achei incrível aquela cena da criança recém nascida me sorrindo mas parece que eles não repararam nisso... o mais importante eles não notaram. A criança logo voltou a chorar um choro de fome novamente. Ela não conseguia mamar. Foi necessária orientação da enfermeira para que a criança pudesse se alimentar no seio materno. Acabou o horário de visitas. Fui embora. Fui pegar meu carro e dei umas moedas pro flanelinha. Fiquei pensando em todas voltas que a vida dá e em nenhuma volta que a minha vida dava... Fui dormir fazendo minhas preces costumeiras pois sempre acreditei MUITO em Deus. Pensei que devia haver algum motivo prá eu passar por isso. Algum motivo que eu não podia compreender..."

Na verdade eu nem sei se isso aconteceu mesmo ou se foi um sonho...

De qualquer forma, espero que dê certo e eu não pense mais nisso.

Assim espero... kkk...

domingo, 15 de novembro de 2009

Antes de Partir

(...)

- Sabia que o único cachorro que foi atingido por um raio estava bem aqui no Egito ?

- Devia ter te conhecido antes de adoecer... kkk...

- kkk !!!

- Sabe... teoricamente... a gente podia riscar dois ítens: ver as pirâmides e vislumbrar alguma coisa grandiosa. Acho que não há nada mais grandioso do que isso...

- Espere até ver a minha montanha !

- Ah, é ! Sua montanha... mas isso... é sensacional !

- Sabia que os antigos egípcios tinham uma bela crença sobre a morte ?

- (...)

- Quando as almas deles chegavam no paraíso, os deuses perguntavam duas coisas... as respostas determinariam se eles entrariam ou não.

- Tá bom... quais eram... as duas perguntas ?

- Encontrou alegria em sua vida ?


- (...)

- Responda a pergunta !

- Eu ?

- É !

- Responder a pergunta... se encontrei alegria na minha vida ?

- É !


- ...sim... e a outra pergunta ?

- Você proporcionou alegria aos outros ?

- (...)


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...