quinta-feira, 9 de maio de 2019

A Visão Sobre os Quatro Animais

Os simbolismos bíblicos me atraem muito e, de tempos em tempos, retorno a essas questões e medito bastante, tentando deixar a mente aberta, para me manter além dos sectarismos. Tem alguns detalhes dessa visão de Daniel que ainda me fogem a interpretação mas acredito que já consegui fazer a análise em linhas gerais e mestras, que não deturparão a importância desses pequenos e importantes detalhes. A referência histórica, de tempo "terrestre", podemos extrair do Livro dos Espiritos, de Allan Kardec:


51. Podemos saber em que época viveu Adão?

R.: Mais ou menos naquela que lhe assinalais: cerca de quatro mil anos antes do Cristo.


Então, teremos como ponto de partida um tempo aproximado de 6000 anos terrestres, quando o primeiro capelino (ou grupo de capelinos), chegou a Terra por meio do degredo interplanetário. Existem várias passagens da Bíblia onde podemos comprovar o degredo, que são mencionados de forma simbólica. Eis um exemplo do Apocalipse que gosto bastante, que evidencia a expulsão do grupo capelino em "queda" para o planeta Terra, e suas consequentes dores para os habitantes primatas daqui e também para os seres incrivelmente desenvolvidos intelectualmente de Capela, mas com sérios problemas no desenvolvimento moral. Segue a transcrição da Bíblia de João Ferreira de Almeida, em Apocalipse 12:7/12: 

"Houve peleja no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a Terra, e, com ele, os seus anjos. Então ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa dia e noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta."

Grandes pensadores religiosos dão a seguinte interpretação da visão de Daniel, principalmente pelas correntes protestantes:

1. Leão Alado - Império Babilônico - 626 a 539AC
2. Urso - Império Persa - 539 a 330 AC
3. Leopardo - Imperio Grego - 330 a 63AC
4. Animal Terrível - Império Romano - 63 em diante

Segue abaixo a visão de Daniel 7:1/28:

"No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas. Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande. E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado mente de homem. Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio. Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência. Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído. Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbavam. Cheguei-me a um dos que estavam perto, e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso. Ele me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas. Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre. Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava; e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça, e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é, daquele chifre que tinha olhos, e uma boca que falava com insolência e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros. Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o quál será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração."

1. Esfinge Alada:

"O primeiro era como leão, e tinha asas de águia;
enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas,
e foi levantado da terra,
e posto em dois pés como um homem;
e foi-lhe dado mente de homem."

Aqui é bastante clara a "miscigenação" entre as duas raças, a terrícola e a capelina. Uma interpretação da esfinge é que ela é uma representação dos instintos em sua forma natural, aquela que é adquirida pelos animais em suas romagens reencarnacionistas, antecâmaras do desenvolvimento embrionário da razão. Então podemos conceber que o leão com asas representava os terrícolas em seu estado natural e primitivo, sem as paixões, estando mais próximos a animalidade e muito distantes da humanidade, seres que se encontravam aqui no período Neolítico, entre 5 a 8 mil anos atrás. Quando a esfinge teve as asas arrancadas, colocada de pé como humanos, com mente de homem, é patente a fusão das duas raças, a terrícola e a capelina, por meio da reencarnação. Os seres da terra, que residiam em cavernas, e ainda viviam sob o império dos instintos primários, de um momento para outro, começaram a conceber uma raça totalmente nova através de seus filhos, que foram nascendo com uma postura ereta, pensamentos já coordenados de forma incompreensível para os nativos, e uma configuração "humanoide" que os distinguiam muitíssimo de seus genitores. No livro "Redenção de um Exilado", de Lucas, pelo médium Samuel Gomes, ele diz um pouco sobre a situação psicológica desse primeiro grupo a descer a terra: "Os espíritos que se comprometeram para essa primeira etapa foram os que mais faliram na utilização da inteligência e por isso integravam o grupo com compromisso mais direto nesse setor de ação, sendo nomeados como projeto Adão ou Grupo Adâmico. Muitos espíritos exilados não participaram desses projetos por estarem ainda inaptos. Só quem estava mais consciente da necessidade de mudança pôde participar. Esse pequeno grupo já tinha compromisso com a queda no campo da razão e conforme os projetos caminhavam, aumentava a participação deles, uns de forma consciente, outro não."


2. O Urso

"Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal,
semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado,
tendo na boca três costelas entre os seus dentes;
e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne."

Aqui também o simbolismo é forte, mas não á possível prá mim interpretar todos os detalhes, mas o todo é evidente: é a representação da mentalidade desse segundo grupo que iria descer a terra, séculos depois do grupo "Adâmico". O urso, as três costelas entre os dentes, o devorar carne, são todas evidências do perfil mental desse grupo que, certamente tinha perturbações bem maiores que o grupo antecedente. Ainda citando o livro "Redenção de um Exilado", transcrevo mais um parágrafo, agora referente a esse segundo grupo e suas tendencias: "Podemos denominar essa segunda leva de espíritos como projeto Eva ou Grupo Evânico, de acordo com a simbologia das escrituras sagradas. Era exatamente o grupo de espíritos que caíram devido ao mau uso dos sentimentos que foram distorcidos e desequilibrados pelas experiências do apego, do egoísmo, do desgoverno e das energias sexuais, da vaidade e tantas outras que representam resíduos emocionais inferiores que desvirtuam o nosso elevado modo de sentir. Eram espíritos confundidos no campo afetivo para criar em si mesmos uma gama de prisões e ligações indevidas, que só no tempo poderiam ser desfeitas pela retificação moral.


3. O Leopardo

"Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro,
semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave;
tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio."

Se a esfinge é a representação dos instintos em seu estado natural, o que representaria uma esfinge com quatro asas, quatro cabeças? Aqui podemos conferir que esse terceiro grupo tinha perturbações muito maiores que seus grupos antecessores, com a fusão destrutiva de instintos animais primários deturpados com as paixões e inteligência desenvolvidas. Pode-se dizer que esse grupo trouxe muito sofrimento aos moradores da Terra, mas também trouxe avanços e resgates através da dor e do trabalho. Ainda mais uma vez eu transcrevo mais um parágrafo de "Redenção de um Exilado", onde o autor nomeia esse terceiro grupo de "Serpentino": " Eles vinham encontrar os semirresponsáveis - porque eles também tinham sua parcela de culpa - por suas condições de queda, já que instigamos, através do poder que usufruíamos, suas tendências animalizadas na manutenção de nossos interesses e riquezas. É o que acontece hoje com muitos espíritos que usam de todos os ganhos conquistados e acabam por mergulhar em compromissos éticos e morais graves com a exploração sexual, guerras drogas e outras tantas loucuras morais."


4. A "Besta"

"Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas,
e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte,
o qual tinha grandes dentes de ferro;
ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava;
era diferente de todos os animais que apareceram antes dele,
e tinha dez chifres. Eu considerava os chifres,
e eis que entre eles subiu outro chifre,
pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados;
e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem,
e uma boca que falava com insolência."

Agora, a partir daqui, quero fazer uma análise toda pessoal, já que não encontrei citação sobre esse quarto grupo em nenhum livro, dada a complexidade e polêmica do tema. Vou nomear esse quarto grupo de "Bestial". Na minha leitura, esse grupo realmente "diabólico" começou a descer até nós a partir da revolução industrial, dada a inteligência e perversidade acuradas desse grupo. Eles foram selecionados prá descer aqui só no final desse ciclo porque, se eles tivessem vindo antes, com certeza já teriam destruído o planeta Terra. Aqui temos um grupo de inteligência acuradíssima, mas com desvios morais muito mais acentuados do que os outros três grupos. Aqui teremos os futuros terroristas, os pedófilos, os falsos religiosos, os magos negros, os sagazes seres que se aproveitam da política, da religião, da ciência, do sexo, etc, e são responsáveis pelos desvios e perturbações da comunidade terrícola. Estão e estarão aqui entre nós por pouco tempo, para nosso resgate e aprendizado e, também, para a redenção de alguns deles que, certamente, terão alguns que vão se "cristificar". A força, os dentes de ferro, unhas de bronze, representam o salto tecnológico que essas entidades iriam fatalmente implementar e também o seu mau uso nas guerras, destruição de vidas e do planeta. Os dez chifres e os outros três chifres que vieram depois representam grupos menores (que estão inseridos no grupo maior bestializado) que são simbolizados na Bíblia como as entidades que iriam marcar a testa e a mão das pessoas para que elas pudessem viver, os olhos e as bocas que blasfemavam demonstram o domínios dos maus sobre a tecnologia, mídia e meios de comunicação:

"Também obrigou todos, pequenos e grandes,
ricos e pobres, livres e escravos,
a receberem certa marca na mão direita ou na testa,
para que ninguém pudesse comprar nem vender,
a não ser quem tivesse a marca,
que é o nome da besta ou o número do seu nome."

O governo espiritual da Terra já sabia que essas entidades iriam dominar a economia mundial e já sabia também que quem não se enquadrasse ficaria excluído dos "benefícios" advindos da passividade diante do grupo bestial. Hoje eles detém praticamente todo o poder econômico... para comprar e vender, para fazer qualquer negócio. Cifras astronômicas são criadas em um segundo e acumuladas por essa minoria no segundo seguinte. Temos, no Brasil mesmo, a vergonhosa situação de, ao lado de Brasília, o lugar mais rico e poderoso do país, termos a segunda maior favela da nação. Nos Estados Unidos temos um presidente que só se preocupa em construir muros e acumular mais riquezas. Mas o fim desse período está bem próximo. Jesus predisse como seria o "clima" psicológico que antecederia o fim e Kardec no deu uma previsão na nossa escala de tempo terrícola:

Jesus:

"E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras;
olhai não vos perturbeis; 
porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim."

"Porquanto se levantará nação contra nação,
e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares."

"Nesse tempo muitos hão de se escandalizar,
e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão."

"Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas,
e enganarão a muitos; e, por se multiplicar a iniquidade,
o amor de muitos esfriará."

Através da espiritualidade e a codificação espírita de Kardec, já sabemos que se passariam aproximadamente três gerações até a implementação definitiva da promoção do planeta Terra a mundo de regeneração. Se o Livro dos Espíritos foi codificado em 1857, levando em conta que uma geração pode ter aproximadamente 60 anos, a transição final se dará em torno de 2037. A espiritualidade já nos alertou que a partir do ano 2000, grandes levas de espíritos altamente evoluídos estariam descendo aqui, já que nessa mesma época já estaria sendo barrada a reencarnação dos espíritos que não tinham a condição mínima de viver aqui civilizadamente. Os espíritos evoluídos, que começaram a chegar aqui na virada do milênio só vão começar a se sobressair daqui a alguns anos, já que os mais velhos tem hoje em torno de 18 anos. O "bestificados", que ainda continuam aqui fazendo guerras, intrigas, enganos, lutas, etc, vão sendo excluídos do grupo terrícola, a medida que vão desencarnando. Enfim, estamos vendo com os nossos próprios olhos o apocalipse previsto por Jesus e os profetas.


"Aquele que perseverar até o fim,
esse será salvo!"

 Jesus


Obs: O último grupo ficará por "pouco" tempo entre nós, somente alguns séculos, pois sua sistemática postura destrutiva destruiria nosso globo, se assim não fosse. Os outros três grupos, Adâmico, Evânico e Serpentino, ficarão um pouco mais no orbe, por suas melhores possibilidades de redenção:


"Então estive olhando,
por causa da voz das grandes palavras
que o chifre proferia;
estive olhando até que o animal foi morto,
e o seu corpo destruído;
pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.
Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; 
todavia foi-lhes concedida prolongação de vida
por um prazo e mais um tempo."


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