sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cristina - Crist



SONHO – “A primeira coisa que me recordo é que estava junto com duas ou três pessoas no Largo Bom Jesus, onde tem um coreto, a esperar alguns outros indivíduos. Nós estávamos indo ver uma preleção de Jesus, isso é o que a turma dizia. Assim que as pessoas chegaram, nos dirigimos a rua Otto Unger, como quem vai para o Teatro Municipal. O dia estava muito bonito e, enquanto conversávamos de maneira descontraída, observávamos como a nossa cidade havia mudado durante alguns poucos anos. Conforme caminhávamos, outras pessoas iam ingressando na comitiva. Passamos do lado do Senai e chegamos na praça Antônio Nogueira, que fica em frente ao Cemitério São Salvador. Paramos. Nesse momento o sonho, como posso dizer... “dá um salto”, e já estamos dentro de uma espécie de Teatro, confortavelmente acomodados em cadeiras estofadas. A luz é fraca e a atmosfera é bem calma. Com exceção de alguns cochichos, o ambiente está quase em silêncio. A temperatura é bem agradável. No meio dessa espécie de Teatro existe um corredor central que leva até um palco enorme e ornado com um singelo carpete esverdeado, como imitando grama. Todas as cadeiras que eu pude observar, de onde eu estava sentado, estavam ocupadas. Foi quando um murmurinho e uma leve movimentação das pessoas demonstrou que algo estava acontecendo.

- Acho que ele chegou !
– sussurrou um.

- Ele está vindo !
– cochichou outro.

Eu estava sentado do lado direito do teatro, na área central, a uma cadeira do corredor. Então “ele” entrou mas eu estava olhando para o palco. Quando passou quase ao meu lado pude vê-lo. Ele vestia uma túnica branca... imaculada. No momento em que olhei, não consegui ver seu rosto por causa do gorro que era parte da túnica. Não sei explicar por que, a uns três metros a frente de onde eu estava sentado, ele parou e virou lentamente a cabeça para a direita, como quem está observando alguma coisa que estava acima da linha de visão. Algo que estava um pouco a cima do público. Quando pude, enfim, observar seu rosto, minha surpresa não teve limites: nunca havia, em toda minha vida, visto um rosto tão lindo, tão puro, tão meigo e tão comovente como aquele... mas minha estupefação não teve limites quando percebi que era um rosto de mulher !

- Meu Deus, ele é uma mulher !!!

O choque da surpresa foi tão grande que acabei acordando. Tarefa difícil é explicar o que senti nesse momento... era uma felicidade imensa... algo maior do que qualquer coisa que eu já havia experimentado... uma alegria sem limites... uma vontade de chorar de ventura..."

Explicação ? Deixo para os entendidos explicarem... kkk...

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